Ciganos 

Os Ciganos são o arquétipo do povo cigano, do viajante, daquele que está sempre em busca de algo melhor, do desapego, por carregar somente o que realmente precisa, da liberdade, da valorização da família e da reverência à ancestralidade. Apesar de ser um povo que desde o princípio sofreu preconceitos e muitas dificuldades, trabalham com muita alegria e cuidam bem de quem os acompanha.

De acordo com o [1] Blog da Anna Pon: Linhas de trabalho da umbanda:

"Os Ciganos também são uma linha de trabalho dentro da Umbanda. Caboclo, Preto Velho e Criança surgiram logo no início da Umbanda. Baianos, Boiadeiros, Marinheiros, surgiram em torna das décadas de 30, 40, 50 e a linha de Ciganos é uma linha recente na Umbanda.

A gente começa a encontrar literatura, texto, informação de Ciganos como linha a partir da década de 60 e 70, mas, no passado, os Ciganos faziam parte da linha do Oriente, então a gente encontra literaturas antigas de Umbanda como Lourenço Braga em 1941 – Lourenço Braga – escreveu o livro: Umbanda e Quimbanda e foi apresentado no Primeiro Congresso Nacional de Espiritismo de Umbanda, embora não esteja nos anais do Congresso. Lourenço Braga já registra a linha do Oriente e os Ciganos fazem parte da linha do Oriente, mas os Ciganos alcançaram tamanha popularidade que estabeleceram uma linha própria: a linha dos Ciganos. O que é a linha dos Ciganos?

Acreditamos que os Ciganos têm no astral o seu povo, o povo Cigano, esse povo Cigano tem uma história sofrida que, entre outras teorias, formam uma diáspora, uma saída da Índia. Uma provável origem para os Ciganos é que eles eram uma sub-casta da Índia que foi expulsa, passaram pelo Egito, passaram pela Europa, passaram pela África, estiveram nas Arábias e trazem essa cultura.

[...]

Os Ciganos representam a liberdade, Ciganos representam a alegria, o mistério Cigano está nos domínios de Logunan, que é o mistério do Tempo, os Ciganos vivem no tempo, são filhos da lua, das estrelas, do vento, da natureza, eles vivem no tempo.

[...]

Os Ciganos estão sempre cantando, dançando e por ser um povo que sofreu muito preconceito, eles representam a quebra de preconceitos, a quebra de paradigmas, isso tem uma ligação forte com Oxumaré também, mas o primeiro mistério é Logunan – mistério do Tempo. Em Oxumaré está a alegria dos Ciganos, das cores, essa liberdade, essa força e eles trazem um poder forte relacionado ao amor, eles trabalham muito esse sentido do amor, o sentido de viver a vida com menos opressão, de vencer, eles nos ajudam a vencer os nossos preconceitos. Pra trabalhar com Cigano, uma pessoa que seja muito preconceituosa tem dificuldade, eles nos ajudam a vencer esses preconceitos e nos ajudam a vencer as amarras sociais, o peso das amarras sociais, das classes e condições sociais.

Os Ciganos nos ajudam a vencer isso porque esses papéis sociais acabam criando máscaras em que você deixa de ser quem você é pra ser um papel social, pra ser o advogado, o pai, o filho, o mestre, fulano e ciclano que tem esta, aquela posição social. Então eles nos ajudam a vencer, a viver com mais liberdade, com menos apego, nos ajudam a cantar, a dançar, a ser livre e viver o amor, amar com menos amarra, com menos apego."

COR DE VELA

AMALÁ E ERVAS

Flores: rosas e flores do campo

Frutas e alimentos: ameixa, pêssego, morango, tâmara, uva, uva passa, frutas secas e cristalizadas, pão com especiarias (frutas, nozes, açúcar mascavo), vinho

Ervas: cravo, canela, louro, cominho, noz moscada

Elementos: cristais, incenso, xales, leques, moedas douradas

REFERÊNCIAS

[1] Blog da Anna Pon: Linhas de trabalho da umbanda